IDADE DO JUÍZO

IDADE DO JUÍZO
Na verdade, jaguares, nós temos a idade que qualifica quem somos. Muitos têm despertado esta idade no começo, no meio ou no final de sua jornada.
Aquela mulher da meia noite que veio trazer sua presença e por motivos incógnitos nada falou! Seu nome é Lindacir. Foi uma ninfa lua, ela se desenvolveu comigo quando o templo ainda era em Curitiba. Vamos dizer que após 40 anos ela aparece aqui.
Eu fui atrás pelo rastro que ficou impregnado no plano etérico.
A vida de um sacerdote é cuidar do seu rebanho, mesmo sendo levados pelo temporal existencial o registro continua arquivado no coração.
Nós temos muitos motivos para buscar o necessário para a vida. A ausência do amor verdadeiro nos separa pela ignorância das palavras. Somos rudes e cheios de defeitos.
O pior deles é falta de afetividade. Sem afetividade nós fechamos as portas do coração. Nós tornamos os broncos da humanidade.
Eu fui, eu tinha que ir, a missão é algo muito difícil de ser aceita quando carregamos muita terra no coração. Por mais que lutemos contra nós mesmos para mudar a nossa faixa kármica, ela chega em um momento que nos rendemos aos temporais do esquecimento. O encarnado esquece, mas seu espírito jamais.
Eu tenho revivido minhas conquistas e lutado muito contra o marasmo doutrinário. Não o meu, mas do povo que preferiu se esconder da festa no altar. Minha mesa sempre esteve posta para servir o Maná que Deus oferta nas densas madrugadas dos espíritos.
Muitos não conhecem este lado por terem seus olhos tapados pelo barro. Eu sou encarnado, mas vivo como separado da terra. A maior dificuldade deste tempo é aceitar as diferenças kármicas.
Ao rever o quadro existencial desta ninfa eu deixei um pouco da sabedoria dos velhos magos, velhos imperadores. Tudo é parte de um reinado que ficou distante preso pelo retrovisor.
É como estar em um veículo olhando para frente, mas cuidando de quem vem atrás.
O sentido filosófico da evolução é deixar tudo na raiz do conhecimento. Não se tornar um matuto que escolheu viver as sombras do destino.
40 anos sem notícias.
Vejam como os espíritos não esquecem dos velhos amigos. Principalmente daqueles que ensinaram os primeiros passos dentro da vida iniciática. É como uma criança que começa a andar.
Nós somos as crianças de Seta Branca e mãe Yara.
O que nos falta!
Salve Deus!
Adjunto Apurê
An/ Un
05.11.2025

Vale dos Deuses 1985