DAR VIDA A MORTE

DAR VIDA A MORTE
Uma expressão muito singular nos meios espirituais, dar vida aos mortos.
Eu estive nesta viagem em um pequeno templo. Ele estava começando se projetar em uma cidadezinha. Não posto afirmar onde, porque a missão é algo que se pratica, não se filosofia.
Ao chegar na simplicidade, a humildade daquele jaguar era hastear a bandeira no alto do mastro para todos acharem a direção. Uma mesa rústica foi construída como alicerce ao chamado.
Foi feita abertura dos trabalhos. Um jaguar e sua ninfa são os pilares da expansão doutrinária.
De repente o chamado foi ouvido. Espíritos chegaram, alguns vivos e alguns desencarnados.
Os mortinhos que trouxeram os vivos. Eles queriam estar vivos para transmitir aos seus entes as suas mensagens.
Mães com seus filhos foram se alojando dentro da cerca sem paredes. Era tudo dividido por cordas.
Eu olhava para o princípio do amor que como fermento crescia no coração daquele povo.
A doutrina é como o fermento que não pode embatumar. As regiões são divididas como em um mapa que separa os estados. Cada estado uma tribo desceu com suas atribuições.
É só observar com respeito às tradições que reencarnaram.
Na cabeceira da mesa triangular eu puxava as forças das palavras. Nossas emissões são chaves cabalísticas entre dois mundos. Ninguém entra ou sai sem passar pela porta.
Logo aquela mesa ficou pequena. Eu olhei para fora e vi um médium de branquinho chegando. Ele vinha cambaleando.
Não chegou a entrar e foi reconduzido ao desenvolvimento.
Uma cidade se desenvolve com ajuda espiritual. Um templo que seja implantado na horizontal recebe de Deus as suas homenagens.
Muitos só querem louros em suas lápides. Não procuram a evolução do eu interior.
A materialização do espírito na terra é uma consequência das inverdades.
“Que os mortos enterrem seus mortos”.
Foi para esta finalidade que os mensageiros do astral abriram as portas dos médiuns, para trazer esclarecimento e promover a paz.
Os desentendimentos não ferem a ordem que brilha como as estrelas nas escuridão da noite.
Bilhões de estrelas no espaço sideral. Bilhões de espíritos encarnados e desencarnados vivendo seus dilemas existenciais.
A terra passa pelo fundo da agulha e todos não esperam nada do amanhã. Vivem por viver sem prestar atenção nas noites que separam suas consciências. Não aprenderam a conversar consigo mesmo.
Eu tive uma lição maravilhosa nesta viagem. Hoje os templos estão quase vazios pela coragem de poucos em sustentarem a bandeira rósea de Jesus. Perderam a fé, perderam a coragem de lutar ou desanimaram da vida.
As grandes caravanas estão indo embora. O senhor das terras e das tribos tocou sua trombeta. Está reunindo seu rebanho. A grande nave estacionou no portal. A arca da nova era.
Não se permitam irem sem serem chamados.
Salve Deus!
Adjunto Apurê
An/Un
24.10.2025

Vale dos Deuses 1985