ANOS 60/70
O regresso à história que ficou registrada é algo incrível. Tudo é tão igual que nós revivemos aquele período como se fosse hoje.
Eu voltei no tempo, lá naquele barracão em Irati, onde a história me levou. Ao chegar ainda lusco-fusco entrei. Estava bem visagento, mas era somente na minha percepção espiritual. Não havia alma viva, sim, pois o tempo encobriu as correspondências.
Caminhei para matar a saudade de um tempo que não volta mais. Ao entrar no corredor onde havia um móvel cheio de gavetinhas fechado por um tampão eu o abri mentalmente. Como eram somente imagens presas no passado, ficou fácil mexer. O velho barracão de muitas utilidades. Ferro velho, carpintaria, mecânica e demais atividades deste povo que veio da Europa. Era uma vida cheia de desafios.
Sabe, a nossa história nem sempre é a do espírito. As raízes familiares são da terra e as origens dos espíritos.
Nem sempre fomos descendentes de um círculo existencial. Agora somos de verdade descendentes das colônias no espaço.
Matei saudades de um tempo em que éramos jovens. Não encontrei com os laços consanguíneos nesta jornada. Foi uma viagem solitária para nunca esquecer de onde vim.
O tempo escureceu. A noite teimava em apagar as memórias. Já era bem tarde quando resolvi sair do barracão para a velha casa dos avós. Fechei a porta do ferro velho e a porta de entrada.
Ao entrar na casa minha presença de certa forma acaba criando um desvio no tempo. Isso cria momentos de ansiedade nos atuais moradores. Eles sentem que algo está diferente.
Olhei pelas dependências, quartos, salas e o sótão. Tudo igual quando deixamos esta cidade para vir morar em Curitiba. Aliás, meus avós foram de Curitiba para Irati em busca de oportunidades.
O que nós representamos nestas mudanças são os velhos costumes que o tempo curou, porém não apagou. Lembranças, somente lembranças.
Estas regressões são como enfeites pendurados na parede. Fotos antigas como espelho da memória astral.
Quando você olha uma foto antiga você revive aquele momento inesquecível. Parece que está dentro do seu tempo.
Eu não sei meu destino amanhã, porque tudo ou nada pode mudar. Dou graças a Deus por não saber o que me aguarda noutro dia. É muito difícil você conhecer os reencontros e desencontros que são parte da vida e da morte.
Certo tempo os espíritos traziam marcado no peito a data do seu desencarne. Por isso, hoje, eu não preciso saber se amanhã é o meu momento de passar pela porteira.
É muito sofrimento olhar seu relógio existencial correndo contra você mesmo.
Graças a Deus estamos livres da regressão temporal.
O espírito não sofre com a regressão e nem com o avanço milenar. Ele se adapta às mudanças, mas biologicamente não supera seus defeitos físicos. Estes defeitos são geralmente o relógio biológico fazendo seu papel na consciência humana.
Eu não estou só. Eu estou ligado em três dimensões. Alma, perispírito e espírito.
A alma tem dificuldades físicas momentânea, o perispírito é o veículo que transporta o espírito.
Quando não muito distante, os três se fundirem em um, teremos o resplandecer da verdade.
Enquanto isso vamos comendo feijão com farinha. E eu gosto muito.
Estas viagens servem para despertar a missão que nos foi confiada. Do que adianta falar sem conhecer o destino.
A vida se supera em cada amanhecer.
Bom dia Deus!
Bom dia meus irmãos!
Bom dia família!
Bom dia meu eu!
O bom dia é uma energia positiva que acelera as boas vibrações.
Bom dia a todos!
Salve Deus!
Adjunto Apurê
An/Un
13.10.2025