TEMPLO ESPIRITUAL
Se vocês vissem a maravilha do templo no espiritual nunca sairiam de dentro.
Estou trabalhando muito aqui no templo físico para deixar a casa de Seta Branca bonita.
Esta noite eu subi com minha corte para ver como está o nosso templo em outro plano. Maravilha. Muito bonito. Lembrei das palavras de Jesus quando disse: assim na terra como no céu.
O templo estava se remodelando conforme na terra ia sendo transformado.
Eu e minha ninfa ficamos extasiados com aquele cenário quando a corte fazia suas preces no altar divino.
Naquele instante chegou um menino com sua mãe, uma ninfa lua que mora aqui perto do templo e que se afastou por motivos de sua família. Tinha uns 8 anos, mas já apresentava os desafios do seu karma. Sua mãe queria entregar a responsabilidade para nós. Eu a reconheci de imediato porque os médiuns do amanhecer têm um diferencial em suas auras.
Mais um príncipe encantado começou a desabrochar.
Outro espírito veio compor este cenário pedindo por sua mãe desencarnada. O nosso templo é para os vivos e para os mortos. É como ter ligação entre os mundos que se perdem na última contagem da despedida.
Foi muito importante ver com os olhos do espírito a jornada do Jaguar. Nós vemos os contatos invisíveis com os olhos espirituais, por isso as mediunidades se diferem de um para o outro.
A contagem do tempo na terra é diferente da contagem espiritual. Somos espíritos milenares a serviço da revolução social, intelectual e das tradições.
Muitos ainda estão presos às velhas estradas com suas tradições de pai para filhos. Isso atrasa a reparação do eu impregnado na matéria.
Eu andei muito com minha ninfa observando tudo que foi mudado. Ao mudar na terra devemos mudar no céu também. É por isso que existe a chave desmagnetizadora que quebra os vínculos do céu com a terra. Ao pronunciar esta chave nós liberamos o magnetismo dos olhos físicos. Ao refazer a contagem, um novo registro se cria entre dois campos.
Minha corte estava emitindo as forças da cabala no chão espiritual. Impregnando o amor nos pequenos detalhes.
Olhávamos e nossos pensamentos eram como explosões mentais que ecoavam nesta dimensão.
Maravilha, bacana, um lugar longe da terra e dos conflitos desnecessários à vida humana.
Ontem, antes de subir, eu me desliguei completamente do físico. Minha ninfa tentou me acordar e não conseguia. Cinco pessoas chegaram na porteira do templo sem prestar esclarecimento. Ela ficou apavorada, pois não era hora e o templo estava fechado. Medo de cometerem algum ato destrutivo. Depois de muito me chamar puxando meu ombro voltei. Voltei muito bem, descansado e logo fui atrás dos mesmos para saber suas intenções.
Não podemos nos desligar dos eventos da terra. Existe muita maldade nos corações das pessoas. Ninguém sabe quando alguém vai praticar algum ato danoso.
Uma vez o preto velho me mandou ficar de honra e guarda na fonte de mãe Yara. Eu fui e fiquei entre os pés de bananeiras. Fiquei um bom tempo escondido. Pensei, há, deve ser algum engano e já me preparava para sair. De repente os galhos secos quebravam na mata. Alguém estava vindo. Voltei a me esconder. Duas pessoas apareceram cobertas por tocas. Uma passou por mim e não me viu e a outra vinha em direção à caixa d’água. Quando eu dei um grito que ecoou pela grota. Ele saiu correndo e eu atrás dele. Muitos tombos eu levei pelo limo da mata fechada. Foi uma confusão necessária para colocar ordem. Muitas bombas de água foram furtadas por esta dupla.
Depois desta atitudes eles sumiram daqui.
Conto estas passagens para abrir as percepções dos filhos de Seta Branca. Não durmam no ponto.
A vida em dois planos é necessária para recompor as energias dos espíritos. Quando tia Neiva trouxe a contagem para nós foi para unificar nossos espíritos com os planos superiores. Trazer o necessário que coubesse em nossos plexos. Tudo em demasia prejudica o andar da carruagem.
Eu vejo muitos jaguares exaustivos correndo contra o tempo para dar conta de muitas coisas. Não fazem com consciência o que sua responsabilidade pede.
Façam um por vez para dar tempo das forças assentarem nos chacras e plexos. Nosso físico tem limite.
Quanto mais enche um balde mais pesado ele fica. Entenderam!
Nossas auras são como estes baldes. Tudo com amor e respeito.
Uma prece em voz alta liberta centenas de espíritos quando ela tem força iniciática.
Ao descer a terra ainda derrama suas lágrimas para curar suas feridas.
Salve Deus!
Adjunto Apurê
An/Un
10.10.2025