CHAMA ETÉRICA

CHAMA ETÉRICA
Foi com muito prazer que acendi a chama da vida iniciática no grande corredor desta missão.
Ao me conduzir entre as lanças que vibram, eu cheguei na pira de Oxóssi e cumprindo o roteiro de minha jornada, eu formei meu canto no aledá que consagra este povo abençoado por Simiromba Seta Branca nosso pai. Nityamas, magos, maias, príncipes deram início ao coroamento trazendo para o templo material as energias do Reino central. Onde eu estava as lanças verticalizadas pelo etérico plano como antenas se ligando pelo tempo.
Ao saírem em fila indiana pela via sagrada derramando energia prateada sobre o solo desta casa tudo se iluminou. Era uma espessa nuvem flutuante que se erguia do contato do céu com a terra, atingindo até os joelhos dos missionários.
O templo se iluminou, afastando as correntes negativas. É como um mestre que atrai muitos sofredores porque está com seu sol interior apagado.
Acender esta chama trará efeitos curadores aos plexos que devem pelo menos fazer uma escalada por mês. Sei que é pouco o que trago do Reino central, porém é tudo na voz direta.
Eu conheci a clarividente que em 4 anos nos preparou diante da verdade. Como presidente tive ótimas aulas especiais. Não tenho vaidade sobre isso, porém é uma grande responsabilidade carregar tamanha decisão de ver a realidade diante dos olhos.
Eu fico preocupado quando as juras transcendentais não são cumpridas. Todos juraram a evolução e enfrentaram a revolução social na terra por serem filhos do sol e da lua. Nada a perder, porque os encarnados não seguem o que pediram.
Depois de se complicarem com suas heranças transcendentais pedem justiça por suas próprias falhas.
Vejam bem onde colocam seus corações.
Tenho visto muitos espíritos encarnados querendo desencarnar. Eles chegam nos trabalhos e falam a verdade sobre o corpo físico que está indo na contramão das forças.
Personalidade e individualidade, dois motivos para estarem alertas.
Eu presenciei o desencarne de um amigo que morava em Curitiba. Antes do fato ele judiou muito de sua amada e seus filhos. Bebia em demasia e foi ali que sua individualidade falou mais alto. “Eu vou te matar”. Era seu próprio espírito fazendo sua cobrança. E tudo se consumou. Um dia de sol acabou desencarnando em um choque de alta voltagem. Tudo foi armado pelo seu próprio eu interior. Recebeu pela intuição o que era preciso fazer. Só que era uma armadilha do seu próprio ser.
Quando um jaguar perde sua luz ele é como um farol apagado que diante das tempestades não indica o caminho para os viajantes. Ele passa a vibrar nas noites escuras e os sofredores ouvem seus lamentos e vem de encontro com sua voz.
Hoje eu acendi a pira para dar oportunidade de renovar as energias. Ainda estou preparando o solo sagrado para receber o eldorado mundo verde. Sei que muitos desacreditam no espírito consolador, mas mesmo assim ele baixa nos benditos aparelhos para consolar a terra.
A corte está chegando e eu estou conduzindo o sacerdócio para receber a sacerdotisa. Quando ela chegar eu nem sei se ainda faço parte deste caminho. O que eu deixo são minhas pegadas marcadas pelo meu suor.
Quem não tiver ou estiver na contagem não herdará os frutos desta conquista. Será como um marinheiro sem embarcação. Vai conforme o balanço das marés. Em cada onda um susto.
Salve Deus!
Adjunto Apurê
An/Un
29.08.2025

Vale dos Deuses 1985