ENERGIA
Esta madrugada encontrei com uma ninfa lua que saiu da doutrina e seguiu outro destino. Nada contra, pois o livre arbítrio é algo muito respeitado pela espiritualidade.
Ao vê-la, meu pai, quase não a reconheci, pois estava velha enrugada. Somente reconheci pelo charme. Sim, pois já esteve nesta casa de Seta Branca esnobando a simplicidade.
Seta Branca não gosta de ver seus filhos tirando onda com a humildade.
Eu olhava para esta ninfa e não acreditava no que via. Era uma mulher vaidosa porque conviveu com tia Neiva.
Senti um profundo mal estar pois a sua energia não era das boas.
Sentada no banquinho com seus pés em cima de outro banquinho para alcançar já que era baixa e precisava apoiar seus pés.
_ Salve Deus ninfa filha de Seta Branca vosso pai!
Ela não respondeu a minha saudação. Preferiu remoer suas falhas de ter traído seu pai. Seta Branca não desistiu dela, deu um tempo para ela se ajustar ao tempo do seu templo íntimo.
Eu vou ser franco: uma velha encarquilhada sem energia e sem brilho na a sua aura e seus olhos refletiam a sua amargura.
_ Volte ninfa, volte para sua casa! Volte!
Não sei se ouviu, mas deixei uma sementinha plantada no seu coração.
As vezes às nossas incompreensões são como espinho para nosso destino.
Vamos ver a reação do físico já que o espírito foi atendido.
Salve Deus!
Adjunto Apurê
An/Un
13.08.2025
