GALINHA PRETA
Os sacrifícios ainda fazem parte de uma antiga cultura aos espíritos, desde os tempos que o homem é homem.
Eu fui com minha ninfa em uma missão especial. E olha que é difícil ela aceitar estes compromissos, mas era necessário para desvendar um enigma. Ao chegar neste lado sem o peso karmico fomos direto ao local. Um homem vestido de preto com vermelho corria atrás de uma galinha preta com uma faca na mão. Só que ela não se deixava pegar. Do portão desta casa, se podiamos chamar de casa, pois era uma musseque. Eu não queria rir, mas a galinha deu um baile no homem.
Ele espraguejava tanto invocando o seu marabô até que conseguiu pegá-la. Com ela embaixo do braço e com a faca na mão foi andando para dentro. Dali nós não entramos. Foi para ver um despacho sendo feito com um animal.
Ao marcar este local nós deixamos para as entidades resolverem.
A pobreza espiritual deste povo que fazem o que fazem sem a mínima consciência de alimentar sofredores se tornando escravos de uma eterna cobrança. Tudo pelo dinheiro, pagamento.
Exu Marabô não tinha chegado ainda na invocação para receber a entrega. Não ficamos muito tempo ali, porque foi só para reconhecer quem e onde estava para acontecer o despacho.
Ao voltar pelo caminho da consciência espiritual um espírito veio ao nosso encontro. Nós o conhecíamos porque era um parente já desencarnado. Naquele tempo, diria uns 50 anos atrás, os europeus não tinham muitas regalias da evolução tecnológica. Elas se adaptavam com poucas coisas. Eles não jogavam fora, eles consertavam com muita perícia para continuar usando. Não é como hoje que quebrou joga fora. Eu ainda sou deste costume porque um toque de experiência transforma o velho em novo.
É como ser um missionário em fase de evolução. Trocar nossa velha roupagem para uma novinha em folha.
Ele tinha um óculos quebrado e veio me pedir para consertar. Eu segurei e fui vendo o problema e com muito cuidado dei um jeitinho de colocar a lente no lugar. Ele agradeceu muito e com um sorriso testemunhou que eu seguia as recomendações dos velhos contemporâneos. Nada se perde, tudo se transforma.
Hoje o povo já vive em uma melhor situação. Quebrou, joga fora.
Neste encontro eu lembrei uma vez quando ele estava encarnado e o Brasil passava por tanta dificuldade disse: Naquele tempo eu cortava um palito de fósforo ao meio para usar a metade num dia e a outra noutro dia.
O regime implantado foi tão sério que empobreceu o povo.
Eu vejo o pós guerra e agora uma nova se levantando no horizonte. Quem vai pagar esta conta seremos todos nós que nada temos com isso.
Aqueles que criaram esta guerra vão estar protegidos pelo sistema.
A terra está muito distante de ter a tão sonhada era do ouro. Do homem luz. Do homem livre das amarras. Ele só procura dor onde deveria ter amor.
O mundo espiritual está ativo e lutando contra os mundos inferiores para libertar os senhores da guerra. Os cavaleiros do Apocalipse estão atiçando as mentes doentias para a destruição planetária. Eles não podem ainda penetrar em nossa dimensão, mas se a terra escurecer vão poder.
Por isso Capela enviou várias naves para a terra. Não sei se é para salvar seus descendentes ou para impedir este desastre. Não tenho respostas.
Assim temos que ter consciência de não quebrar os cristais. Com aquela magia que muitos fizeram conseguimos dar um tempo neste conflito. Porém o desacreditar que nada aconteceu parou os trabalhos. Se não aconteceu o desfecho é porque a magia conseguiu impedir. Entenderam!
Nós somos representantes deste poder cabalístico, dos grandes Oráculos, do Grande Simiromba de Deus. Se soubermos pedir vamos ser atendidos.
Nenhuma outra entidade poderá fazer o que um jaguar faz. Não usem este poder em vão. Usem para trazer vida, paz e tranquilidade. Se nós errarmos mais uma vez não sei se seremos livres.
Jaguares não mexam com o lado negro que sem luz não enxergam o verdadeiro caminho da vida. Vocês são luz.
O mal ainda está impregnado em nossos corações. Basta acender o estopim para estourar os desencontros.
Nós ainda não somos irmãos, mas estamos aprendendo a amar o belo e o feio. Somente o tempo dirá quem é quem. Se até os irmãos de sangue se matam por motivos tão insignificantes.
Seta Branca tem que segurar seu povo para não se levantarem uns contra os outros.
Tia Neiva conseguiu esconder as armas dos seus filhos para se respeitarem.
Salve Deus!
Adjunto Apurê
An/Un
20.06.2025
