MASMORRA
Gritos, choro, solidão.
Eram 22 horas de ontem quando tudo começou. Eu me retirei para meu aposento e não conseguia saber o que estava acontecendo. Veio uma forte dor de cabeça que não teve solução. Levantei as 1 hora da madrugada e tomei um analgésico que começou a fazer efeito. Olhei no relógio da parede, 1h30. Aos poucos a dor foi diminuindo e já do outro lado uma escuridão tão grande, mas o choro continuava. Era tão escuro que as noites pareciam dia em comparação.
Eu não tive coragem de arredar meus pés e fiquei dali mesmo tentando saber de onde vinha. Era uma voz de mulher. Tilintar de correntes entre os gemidos sufocados pela dor. Eu procurei olhar naquela escuridão e algo foi se delineando como uma torre acima da terra. Era dali que partia aquele choro desesperado.
Tem certas coisas que é tão complicado entender, porém são fatos que aconteceram em nossos caminhos e estão presos ao destino karmico.
Não era comigo, mas eu fui atingido por esta corrente de tristeza. Muitos querem ter esta mediunidade, será que vão dar conta. Eu tenho me desdobrado em mil para aceitar as consequências de vidas bem ou mal vividas.
Minha cabeça ainda dói pela radiação recebida. Simplesmente começou a doer após esta ocorrência.
Nós vivemos a cada momento uma velha estrada que se fixa no presente. Não há solução sem que se resolva o problema. Temos que buscar os erros cometidos e emanar o amor para que tudo se esclareça. Não tem outra solução a não ser pelos trabalhos nos templos.
A estrela é para a humanidade, os templos para o povo nas suas individualidades. Unindo os dois comandos teremos uma grande explosão telúrica pela força do sol e da lua na terra.
Eu contínuo ouvindo, mas com menos intensidade. É um eco perdido no espaço interior.
A mediunidade quando avança este limiar ela é como uma porta que entra e sai quem precisa de ajuda. Nem todos são capacitados para desenvolver os neurônios que se estimulam pelas correntes magnéticas. São como transistor que amplificam os sinais. Tem horas que eu penso em fechar a porta para minha antena, mas eu vejo que os espíritos sofrem mais do que eu.
O simples fato de conviver com estes momentos de angústia nos separa da sociedade. É como você olhar para a sociedade e ver quem realmente são. Vivem se enganando uns aos outros. São cordeirinhos na frente e lobos por trás.
Eu comecei a me distanciar de tudo para viver o meu mundo. Seria como se fechar no seu mosteiro para que nada o perturbe. Como vivente deste mundo eu sou obrigado a participar da realidade social.
A terra da luz esconde muitos segredos que aos poucos neste terceiro milênio vai abrir a nova era. A era do jaguar doutrinando seus conflitos existenciais. Tudo começou com uma mulher, Neiva, mas não sabemos como irá terminar. Geralmente as consequências são causadas pelos humanos que despertam a violência interior. Se desunem e se apartam. Mais divisões de opiniões começam e vão travando o esclarecimento da verdade. A riqueza material cresce para superar a dificuldade mediunica. Quando falta a mediunidade o engajamento material supera a inércia espiritual.
Viver por viver todos vivem. Eu queria ver morrer por uma justa causa. Essa foi a história de Jesus.
Que os mortos enterrem seus mortos.
Minha antena está vibrando, captando, são sinais do etérico plano.
Quem não separa as ondas mentais corre sério risco de adoecer.
Vivam bem. Vivam seus juramentos com honestidade e sinceridade. Não sejam robôs e nem vítimas de uma sociedade pagã. Deus está em toda parte. Agradeçam pela vida, pela família e pelo pão de cada dia. O resto se dá um jeito.
Salve Deus!
Adjunto Apurê
An/Un
23.04.2025
