INCOERÊNCIA MISSIONÁRIA

INCOERÊNCIA MISSIONÁRIA
O bicho jaguar é esquisito. Algo difícil de compreender.
Quando uma pessoa está no fundo do poço ele luta para reergue-la e quando ela está bem ele luta para destruí-la.
Neste esclarecimento eu ouvi uma prece, um cântico, um cavaleiro solitário de joelhos com suas mãos levantadas aos céus:
Senhor,
Fazei de mim um instrumento de vossa Paz.
Onde houver Ódio, que eu leve o Amor,
Onde houver Ofensa, que eu leve o Perdão.
Onde houver Discórdia, que eu leve a União.
Onde houver Dúvida, que eu leve a Fé.
Onde houver Erro, que eu leve a Verdade.
Onde houver Desespero, que eu leve a Esperança.
Onde houver Tristeza, que eu leve a Alegria.
Onde houver Trevas, que eu leve a Luz!
Ó Mestre,
fazei que eu procure mais:
consolar, que ser consolado;
compreender, que ser compreendido;
amar, que ser amado.
Pois é dando, que se recebe.
Perdoando, que se é perdoado e
é morrendo, que se vive para a vida eterna!

Eu senti o verdadeiro amor de um caminho repleto de honestidade e sinceridade.
Porque, então, o jaguar missionário tem duas faces. Uma do amor e outra do desamor.
Vou me citar neste exemplo. Quando eu estava passando por grande necessidade material ninguém estendeu suas mãos para me ajudar e agora que passei pela provação da dor querem cortar as minhas mãos. Agradeço muito aos meus amigos invisíveis que nunca deixaram faltar nada em minha vida, em minha mesa e em minha missão. Não que isso vá me colocar em diferença karmica, não. Eu vejo muitos jaguares passando por este mesmo processo penoso e desejo a eles toda coragem para atravessar este pântano e conseguir chegar ao bem aventurado mundo eldorado.
Quando tenho permissão da espiritualidade eu vou ajudar de forma a transformar para melhor um destino. Sei que não é muito porque ainda não tenho luz, mas consigo traduzir em melodias a dor pelo amor.
Ser missionário não é se preocupar com a felicidade dos outros, mas é cuidar de sua tristeza interior. Tenhan certeza de que estão mudando observando suas reações diante das conquistas do seu vizinho. Os olhos são como espelhos das almas. O que os olhos não veem o coração não sente.
Muitas vezes eu fechei meus olhos para a riqueza que estava depositada à minha frente. Não era minha era uma ilusão, um teste de evolução.
As dificuldades tornam o homem forte para enfrentar até a morte. A facilidade desperta a cobiça alheia.
Eu tenho ido a lugares inimagináveis onde a razão ressalta a verdade. Perdi o medo da escuridão, agora tenho mais medo da claridade. No mundo que trabalho os espíritos são tão necessitados que erguem suas mãos pedindo clemência. Os grandes missionários da luz se revezam para atender sem reclamar.
Assim também na casa de Seta Branca. Os mentores se revezam para atender centenas de encarnados que passam pelo amanhecer. Um aparelho foi preparado para receber e transmitir a voz direta do céu. Nem tudo o mentor pode falar e nem tudo pode se calar.
O equilíbrio está no raciocínio entre ser feliz ou ser infeliz.
Ao ajoelhar-me ao lado deste cavaleiro solitário eu senti o poder de sua prece. Deus não escolhe quem vai se tornar um monge ou um errante. Deus escolhe pelo amor.
Não destruam a felicidade que a caridade presenteia ao seu círculo vital. Superem suas mentes fechando seus olhos para a felicidade do seu vizinho. Se ele está feliz é porque mereceu.
Sintam-se felizes com a felicidade.
Se não podem fazer nada de positivo por alguém saiam de perto. Abram caminho que outros virão ajudar.
Os nossos mentores fazem de tudo para nos esclarecer sobre nossas atitudes. Sempre eles agradecem ao seus filhos por uma conquista, uma libertação. Mesmo vocês não vendo as coisas acontecem do outro lado desta vida.
Acreditem em vocês. Não sejam tolos ao ponto de tentar matar a esperança do seu próximo ou do seu irmão de missão. Seta Branca observa sua tribo com muito cuidado e respeito.
Agradeci a este cavaleiro solitário e ele me levantou do chão. Me puxou pelo punho demonstrando gratidão por eu nunca ter andado para trás. A nossa evolução está onde não imaginamos.
Sigam sempre em frente. Podem até parar para descansar, mas a meta é chegar do outro lado do rio caudaloso. Não olhem para trás.
Como disse a clarividente: agora o jaguar olha para o céu.
Entenderam!
Sejam os capuchinhos deste amanhecer que representam a humildade de Francisco de Assis. Este uniforme que cobre vossos corpos são todos iguais não despertando a cobiça mediunica.
As diferenças são pelas conquistas.
Salve Deus!
Adjunto Apurê
An/Un
29.03.2025