LAMBE-LAMBE
Os encarnados desta geração não saberão interpretar o que seja lambe-lambe.
Eu voltei para descansar desta outra viagem, porém para os trabalhadores não existe descanso, porque aonde vão sempre terão missão.
Agora eram dois irmãos que eram fotógrafos e teriam que seguir seus caminhos. Eu estive a primeira vez conversando com os dois, porém o Miguel já estava recuperado do desencarne. Algo me chamou na terra e tive que voltar, mas tão logo eu subi novamente. Eles já não estavam me esperando mais e ao chegar encontrei os dois deitados cada um em seu jiral embolados até a cabeça em panos.
_ Miguel! Miguel! Acorde!
Estava totalmente inconsciente. Seu irmão começou a chama-lo.
_ Migué, acorda, nosso amigo voltou!
Levemente sacudi seus pés e nada.
_ Estou indo embora!
Ele abriu seus olhos e aos poucos foi voltando ao estado normal.
Quando me viu pulou do jiral, mas ainda deslocado e desfocado da realidade.
_ Vamos embora! Tua hora chegou!
_ Mas e meu irmão! Não posso deixá-lo aqui!
_ Migué! Vai embora, um dia nos reencontraremos!
Eu pensei em levar os dois, mas a missão era somente um. O outro ainda tinha que acertar pequenos detalhes.
Ao colocar minha mão sobre seu ombro começamos a levitar. Saímos deste mundo e chegamos em outro. Foi muito rápida esta transição. Foi como se abrisse uma porta.
Chegando neste outro plano os atendentes já estavam esperando. Entreguei o Miguel para eles que o levaram embora.
Como eu disse. Os atendentes não podem buscar os espíritos por suas naturezas mais fluidicas. Eles podem subir e não descer. Como nós somos portadores de ectoplasma isso nos permite atuar em planos mais densos.
Ainda não somos espíritos de luz, mas um dia teremos esta realidade experimental.
Saber se conduzir pelos caminhos da verdade e não cair em tentação de baixar nosso padrão mental.
Ao chegar neste outro mundo eu vejo a necessidade dos espíritos. Eles buscam oportunidades de voltar para Deus que são as suas origens. Sozinhos eles não conseguem subir, mas podem descer para outras profundezas pelo mau comportamento.
Os vales das sombras tem armadilhas depositadas nas curvas do destino que são como atrativos aos aventureiros.
Como eu disse acima: voltei para descansar.
Os missionários deste amanhecer receberam em seus plexos a energia da vida que resplandece em seus caminhos. É a confiança do céu em cada cálice erguido aos olhos de Jesus.
Ser missionário não é filosofar, mas arregaçar as mangas e trabalhar. Não é ficar resmungando sua falta de conduta ou a de outros, mas fazer a sua parte. Bem ou mal tudo se aproveita.
No etérico plano dimensional existe um filtro para retirar as impurezas e pegar somente o necessário para cumprir a missão. O resto é desintegrado.
Seria como a estrela de Nerú que filtra o charme e entrega para os sofredores aonde estiverem. Hospitais, presídios, orfanatos, asilos, onde houver dor.
Por isso esta missão do amanhecer é tão importante para os mentores que necessitam de cada missionário para curar esta terra. Ser missionário seria como ter uma profissão no céu.
Nós juramos servir com amor dentro do esclarecimento universal.
Voltei do descanso. Agora, hoje, dia do cavaleiro da lança vermelha. Dia de ofertar nossas energias para libertar os espíritos e receber os bônus pela caridade.
Caridade não tem preço, mas tem valor espiritual.
Aqui estou traduzindo as viagens dentro do meu astral.
Boa sorte. Não se tornem escravos espirituais. Seta Branca quer todos livres das amarras da terra. Quer missionários responsáveis e não crianças mimadas.
Salve Deus!
Adjunto Apurê
An/ Un
26.03.2025
