REINO
Falamos muitos em reinos superiores, porém poucos conhecem.
Em cada viagem, em cada estação, nós vamos nos aproximando do nosso destino. São nossas esperanças que um dia deixamos para trás. É como se tudo flutuasse esperando um leve movimento para se deslocar.
Ao chegar neste reino havia um imenso povo olhando para o céu. Era um vale, sim, para mim era um vale porque o céu convergia para este local. Eles estavam em missão e o foco desta concentração era a terra. Milhares de fiozinhos partiam de suas cabeças se perdendo na dimensão sem endereço. Era para onde estavam direcionando esta luz como se fosse um raio laser.
As nuvens encobriam este mundo secreto guardado por Deus.
Ao voltar eu tive uma situação divergente do ponto de vista humano espiritual. Dois espíritos. Um mais velho mandante e outro mais jovem obediente. Tudo que eles queriam era tomar, tirar, roubar.
O mais velho mandava o jovem fazer o que ele queria. Estávamos em uma casa bem antiga com uma grande varanda em um dos lados. Eu percebi que eles estavam vindo pelo caminho, mas nunca imaginei que seriam cobradores. Cobrador é uma linguagem que emprega receber o que não foi pago. Porém estes dois espíritos eram andarilhos e só estavam nesta situação motivados pela necessidade.
O jovem bateu na porta e fazia sinal com a mão dizendo me de. O outro ficou na escada de fora observando.
_ Eu não tenho nada!
Dali o velho começou com as ameaças que iria matar, destruir, demolir. O jovem ficou perdido nesta confusão. Eu fechei a porta. Deixei os dois e entre gritos e urros voltei deste mundo.
Revendo esta situação houve interligação deste reino com a terra. Eram entidades que protegem a terra das investidas dos mundos sem luz. Milhares de espíritos vibrando com a terra.
Eram cavaleiros e guias missionárias em prontidão para dar proteção.
Um reino, um mundo, uma grande jornada.
Ainda vejo esta imagem com naturalidade. Tudo está vivo na minha memória. Com o tempo, se não for registrado, vai perdendo no esquecimento. Nossas mentes sofrem a interferência do karma.
Eu fico pensando assim: como será o desvendar dos enigmas karmicos. Será que vão aceitar ou não. Saber que vivem com alguém ao seu lado sem conhecer a sua história.
Porque o sono cultural apaga as lembranças que um dia foram pais e mães, amigos ou inimigos. Como será a verdade que Jesus disse.
Vai ser um grande choque cultural que mesmo tendo um parco conhecimento não saberão reagir.
Um exemplo. Estou casado com minha mãe de outra encarnação na França. Minha mãe desta vida foi minha amante no século XV. Minhas filhas tiveram suas roupagens em cada período vivido.
É isso que eu falo. Será que vocês estão dormindo com inimigo ou amigo.
Quando estou trabalhando no templo tudo se esclarece. É onde a verdade aparece. Os espíritos falam o que seus corações desejam e suas imagens transparecem no apará que assume aquele papel missionário.
Assumir uma roupagem é ter um desenvolvimento especial para não cair em obsessão. Quando eu doutrino eu sei quem está ali, homem ou mulher. Os espíritos não mudam de sexo. Os sexus mudam o psicológico dos encarnados fazendo joguetes das ilusões.
Temos muito ainda que aprender. Um doutrinador que não se atualiza ele não se evolui. Um apará que desconhece sua missão fica como fantoche nas mãos dos articuladores.
É preciso ter muito cuidado para não se tornar um cavalo e não um aparelho bendito.
Somos todos mensageiros transitando pelas casas do astral superior ou inferior. A terra ainda é inferior por estar atrasada na condição de cegueira karmica.
Estamos enfrentando uma grande transição.
Salve Deus!
Adjunto Apurê
An/Un
16.03.2025
