CÓDIGO SECRETO
Muita confusão com os espíritos. Uns nascem em caminhos diferentes e quando se reencontram criam distorções da realidade.
Pela primeira vez eu vi meu código estampado no braço esquerdo. Era uma numeração diferente e complicada de entender. Diria ser como uma data de validade, um relógio andando para trás. Esta marca é só no espírito e não no físico. Um controle espiritual dos reencarnados.
Nesta viagem a uma grande universidade espiritual os frequentadores se preparavam para descer. Eram espíritos diversos, como diria aqui na terra, nacionalidades. Cada um seria direcionado ao seu mundo e família escolhida. Eu não estava só, mas acompanho por mais espíritos da terra.
Esta programação é a chave da existência dos seres nesta terra. Ninguém nasce sem passar pela programação. Muitos espíritos ali não queriam aceitar, mas queriam reencarnar. Eu como encarnado assisti esta condição pelo meu espírito que tem o seu registro.
Não compreendi bem esta parte. As marcas são os controles existenciais da população. Tudo é perfeitamente registrado.
Eu vi alguns espíritos que iriam reencarnar em países muçulmanos. Estes já estavam se contradizendo antes de descer. Não aceitavam a marca cristica.
Eu subi as escadas para estudar os níveis de hierarquia deste complexo espiritual. Os níveis que cheguei a conclusão diferem na complexidade existêncial. Os mais altos com merecimento de ter e os mais baixos sem merecimento.
Eu lembrei das palavras de tia Neiva: saber pedir.
Se você não sabe pedir vai ser arrastado na mesma gleba dos sem procedência. Aqui na terra estes espíritos vão passar pelo perrengue de lutar para sobreviver. Já os que souberam pedir terão outras classificações.
Eu entendi assim: nós escolhemos nosso karma e temos que cumprir com a meta traçada. Não foi Deus que nos condenou a viver com dificuldades, mas nós mesmos escolhemos. Seria como limpar nossos destinos de tudo que já plantamos nas reencarnações.
Enquanto a discussão acontecia um jovem me entregou um caderno para eu entregar para a moça que seria sua companheira na terra. Ela estava junto na discussão dos pormenores. Toda enrolada em panos porque era pra onde seria encaminhada.
Entreguei o caderno e ao pegar ela viu o rapaz que na terra seria seu marido. Houve um momento de silêncio pois os olhares se cruzaram. Aquela euforia de não aceitar descer para a terra acabou. Ela viu seu amor que vai descer antes para esperá-la depois.
Neste mundo de decisões nós somos parte de uma grande jornada. Eu olhava para minha marca, porém ainda não conseguia decifrar meu código.
Na terra todos também recebem seus registros para viverem em conformidade às leis criadas.
A discussão acabou e os espectadores foram saindo. Os coordenadores agradeceram a todos pelo controle espiritual.
Agora que entendendo um pouco mais desta condição eu espero que haja mais respeito de uns para com os outros.
Ninguém é dono da verdade suprema. Todos são resultados das próprias falhas.
Quando eu vejo o mundo etérico sofrer uma distorção na sua grade magnética é porque algo está interferindo no caminho. As interferências somos nós mesmos que as criamos como prova da verdade.
Não existe mal ou bem. Existem escolhas.
Voltei como fui. Antes de tudo os cegos serão esquecidos pelo caminho. Não porque sejam cegos, mas porque não querem enxergar. A verdade é somente uma: a sua verdade.
Será que a verdade não tem falsidade também. A única que eu conheci a dois mil anos passados não alterou a sua identidade. Sua marca a ferro em brasa marcou os cristãos.
Eu diria que foi como esta marca no espírito.
Nós temos um código que corre contra o tempo.
Salve Deus!
Adjunto Apurê
An/Un
25.02.2025
