CAMPO MAGNÉTICO

CAMPO MAGNÉTICO
Nesta viagem eu pude observar um lugar diferente. Era como uma clareira em meio ao nada. Tinham várias casas grudadas em círculo e ao centro um jardim como uma pracinha. Fomos levar alguns espíritos para lá para tratamento. Seria como um albergue.
Aconteceram coisas incríveis neste caminho como a investida de um espírito muito mau. Ele rosnava como um monstro. Ele não entrava neste lugar, ficava do lado de fora amedrontado os internos. Quando ele nos viu chegando resolveu entrar para nos destruir com sua ferocidade, porém foi diferente, ele sofreu um choque magnético tão forte que paralisou. Eu olhava para ele que parecia se mover em câmera lenta. Aquele lugar era como armadilha para os espíritos que se perderam por falta de amor.
Ao ele cair do negro espaço naquela luz fosca os atendentes foram ao seu encalço. Segurando-o pelas costas ele foi sendo levado para uma destas casas. Era como um centro de reabilitação espiritual.
Esta visão me tirou a prova de que este mundo é algo muito além da nossa realidade. Nós viemos de lá e aqui não queremos voltar para lá.
Os gritos se perderam quando ele resolveu descer aproveitando nossa chegada.
Eu não sofri esta descompensação magnética porque estava em missão. Somente os que não eram convidados ou pacientes perigosos ficaram presos, magnetizados, para não oferecer perigo aos demais.
Depois deste ocorrido eu sentei na pracinha e olhava para o firmamento. Era incrível. Este lugar era como uma bolha, um mundinho preso na vastidão silenciosa. Não era cidade como já vi em muitas ocasiões.
Eu fiquei por um bom tempo observando da terra este céu. Muitos não entendem esta lógica de ultrapassar as barreiras pelo pensamento.
“Se eu penso logo existo”.
De lá para cá eu vou absorvendo a comunicação do espírito. Aqui eu registro o que me convém formando meu acervo doutrinário. Não adianta, a evolução do espírito é algo sem precedente nesta nova era. Muitos ainda vivem bitolados pensando que nada acontece. São os inconsequentes que julgam por não sentirem as mudanças no sol interior. Estão ainda presos às velhas estradas da dor e do sofrimento. Estes nunca vão se arrepender e vão continuar estimulando e contrariando seus pares.
Eu não ouvia um resmungo. Havia paz, havia um incessante trabalho de resgate. Se eu não estivesse encarnado poderia ficar um bom tempo ali para compreender que a solidão é um instrumento de reparação. Quando você está na transição de um mundo ferido por nós mesmos a melhor coisa é se recolher na sua individualidade e prestar louvor a Deus. As preces são portas que se abrem para chegar aos mundos encantados.
De repente comecei a receber pequenas descargas elétricas. Na terra estavam me chamando. Ao me ligar com o físico aquele mundo foi sumindo. Aos poucos o espírito foi se encaixando no físico. Novamente selado pela reencarnação eu não esqueço das viagens que descrevo como informação aos vivos.
Ainda tenho este lugar na mente.
Salve Deus!
Adjunto Apurê
An/Un
07.02.2025

Vale dos Deuses 1985