BOÊMIOS NO ALABÁ

BOÊMIOS NO ALABÁ
Éramos boêmios e não sabíamos.
Nesta eventura nós voltamos para a nossa imagem refletida no espelho da eternidade. Não sei bem onde, qual país que regressei na memória do espírito. Podia ser Espanha ou França, mas o que vale é a curiosidade da necessidade de conhecer.
Eram pessoas boemias que viviam de pequenos desencontros do povo. Suas vidas eram cerceadas para iludir as mentes dos viajantes que desejavam se manter localizados na cidade. Eu diria assim na linguagem de hoje: influênciadores da rede de Internet.
Porém lá não existia telefone. Era tudo no boca-a-boca. Era como um megafone feito com as mãos.
No grito conseguiam chamar atenção dos espectadores e os levavam para conhecer o destino que muitas vezes eram falsos. Eram golpes de sobrevivência.
O homem tinha uma equipe de seguidores que tinham a missão de persuasão física. Se denunciar morre.
Não há muita diferença de hoje com muitos casos revelados de golpes. Os líderes são referências nestes caminhos de levar as pessoas a acreditarem em seus sonhos.
Enquanto o homem gritava em meio a multidão os olheiros prestavam atenção em suas vítimas. Bastava um piscar de interesse que logo era cercado por falsas promessas.
Era um barzinho com muita movimentação e música que distraia seus frequentadores.
A bebida alimentava os sonhos de ocupação.
Vou estudar mais esta viagem e tentar tirar proveito deste conhecimento para evitar as consequências de se apoderar dos sonhos dos outros. Não iluda e nem se iluda com seus desejos. Sem trabalho não há prosperidade.
Alabá, jaguares, Alabá. É onde estes mensageiros voltam para trazer a felicidade. A reorganização material é um sonho deste povo jaguar. Nossos trabalhos são também voltados para nós que abrem as portas da felicidade.
Eles se iluminam e nós também sentimos esta libertação. Nossa mãe Iemanjá está no comando deste reencontro.
Salve Deus!
Adjunto Apurê
An/Un
05.02.2025

Vale dos Deuses 1985