VÍTIMAS DO PASSADO
Estamos nos tornando vítimas de nós mesmos.
O isolamento social partindo do espiritual é justamente o confronto da personalidade com a individualidade. São as guerras invisíveis que estão se tornando visíveis ao ponto de interferir no emocional, na psique humana.
Eu fui desvendar este enigma que vai na alma da humanidade. Chegando ao fundo deste poço as nuvens densas criam barreiras intransponíveis da visão racional. A terra é ainda um porto inseguro para os reencontros das vítimas deste processo penoso da culpa: não é minha culpa, ou todos são culpados pela minha falha.
Eu vi que o afundamento mental das consequências trás dores emocionais que não são reparadas pela química astral. Partem para a química biológica como barreira das energias que seria tão fácil manipular pela mediunidade. A mediunidade é a porta que liga dois mundos. Se um não está bem o outro paga pela descarga sentimental.
Os espíritos querem a liberdade e os corpos a prisão. Somos prisioneiros de nós mesmos.
Eu fui atender um caso de isolamento espiritual que causou uma ruptura social. A progressão desta paranoia trás consequências desastrosas para a evolução. Nem tudo é bom, mas nem tudo é ruim. Temos que aprender ou reaprender a conviver pacificamente o caminho dos vivos.
Eu vi o isolamento mental das perturbações emocionais. Todos passam a ser inimigos não restando mais chance do equilíbrio dos três reinos.
Eu tive que agir contra a barreira horizontal. Muitas vezes o mal é necessário para colocar ordem no coração. Não o mal que esperam, mas a contradição mental espiritual. Nós vivemos duas forças vibratórias, negativo e positivo. Um ser encarnado nunca terá somente uma, mas duas que se chocam diretamente pela convivência do espírito com a matéria.
Disse firmemente ordens emocionais que se chocaram com a realidade da convivência social. Este choque foi como calmante para o espírito conturbado pelas vidas passadas. Ninguém é incapaz de amar ou odiar. Nós somos o que queremos ser. Podemos ser luz ou trevas. Tudo depende do momento dos reencontros.
Um dia tia Neiva disse que não queria se afastar do seu sacerdócio porque não sabia quando seu cobrador chegaria. Ela preferia ficar no seu cantinho como instrumento de amor.
Neste meu caso, desta viagem específica, eu vi foi uma prisão espiritual. O próprio espírito se prendeu na sua ignorância mediunica. Muitas vezes eu relaciono trabalhos deixados pela clarividente como antídoto para seus filhos. A própria condição de prisioneiro da espiritualidade é prevalecer a humildade de cada jaguar.
“Um bônus em Cristo Jesus”.
Seria como dizer: liberta-me que também vos liberto.
Este trabalho é uma ressocialização espiritual. Sim, jaguares, é quebrar as barreiras criadas por nós mesmos. Ninguém tem culpa ou todos são culpados.
São os fracassos existenciais. Nós sempre estamos fracassando pelos erros das indiferenças. Sempre se combatendo e nunca se unindo. São guerreiros deste paradoxo interminável.
“Pregar o amor e espancar os filhos”.
Seria como nesta sociedade espiritualista, falar em amor ao próximo com um punhal nas costas.
“Fira-me quando meu pensamento afastar-se de ti”.
Me deu muito trabalho consertar este caminho. Fui antipático, sim, porém consegui bloquear estes pensamentos ruins da desvalorização humana.
Eu joguei com as próprias forças que estavam alimentando a dor. O choque neutralizou a insanidade. Pode ser que eu seja considerado um inimigo, porém eu sei que foi para o bem, para a cura. O resto vamos controlando pelo amor.
Muitas vezes as pessoas se perdem em seus argumentos e passam a vibrar seu desamor. Quando isto acontecer voltem ao passado e revejam o que originou esta desavença. Talvez foi um momento de fraqueza onde o homem tem que ser forte espiritualmente. Ser forte é respeitar as fraquezas do próximo.
Equilíbrio para decidir entre o certo e o errado.
O que eu fiz foi colocar juízo na cabeça antes que fosse tarde demais.
Onde impera a violência dos reajustes o amor passa distante.
Um templo sem amor é como uma usina de reajustes e os espíritos encarnados precisam disso para alimentar seus egos de prepotência. Eles vão sempre aonde o negativo impera por ser portadores do negativo. Não é amor, mas cobranças intermináveis. Reajustes e desrespeito. Um santuário sempre será irreconhecível por trazer os ensinamentos do evangelho vivo e resplandecente.
Salve Deus!
Adjunto Apurê
An/Un
20.01.2025
