EU VOU MORRER
Chegou no apará um espírito vivo que se identificou como minha irmã.
_ nanbdinho eu vou morrer! Nandinho eu vou morrer! Eu sou tua irmã!
Naquele momento eu estava libertando a falange que foi trazida para evitar um desebcarne e não me liguei aos fatos. Isso me deixou ansioso porque era uma mulher já bem idosa. Mas quem!
Preocupado com a mensagem, até porque ninguém da minha família me chama de Nandinho, somente minha mãe, hoje desencarnada, me chamava.
Eu fui me recolher. Meia noite, um horário meio triste, o reencontro com as almas esquecidas. Ao seguir as ondas mentais eu reparei que era em uma casa de repouso para idosos. Como ali é uma reunião de pessoas foi mais fácil entrar. Diria ser como uma casa transitória no espaço.
A onda estava mais forte e a mulher mais perto.
_ Que bom que você veio!
Exclamou a mulher. Porém o fato ainda estava indefinido. Na terra já não lembra dos seus amores, mas espiritualmente tem reações diferentes.
Está senhora é irmã de minha mãe que viveu nesta terra. Mais de cem anos de experiência em vida.
Ela é minha irmã espiritual. Da minha origem. E também a que sempre me chamava de Nandinho.
Um caminho de realizações. Ao chegar eu dei o meu abraço e acalentei sua alma. A vida na terra é uma grande universidade para os encarnados. Todos lutam para se evoluírem materialmente e fisicamente. O problema é a falta de consciência espiritual. Quando se adquiri um pouco da verdade logo as religiões apagam e abafam a necessidade que cada pessoa tem em se descobrir. Eu diria assim: quem não tem merecimento de saber prejudica quem tem. É como uma cortina que tenta esconder a luz.
Graças a este amanhecer nós já vemos o outro lado como um pequeno reflexo de nós mesmos.
Ficamos conversando. Ela fisicamente deitada com seu espírito sentado na cama. O resto karmico está sendo queimado para libertar o espírito da sua couraça.
Chegou o dia, o sol teimava por cima das densas nuvens de chuva. O frescor da terra molhada, o barulho do silêncio quebrado pelas gotas caindo na calçada.
A preparação do espírito no eterno adeus.
Nós um dia nos reencontraremos nestes mundos de Deus. A verdade é para poucos que precisam e aceitam Jesus.
Dei meu conforto e voltei. Aqui na terra a luta pela sobrevivência é uma guerra de preocupações, de altos e baixos.
Ainda vejo aquela casa de Seta Branca sendo consumida pelos desafetos. Eu não participo da dor. Eu não sou parte das inverdades.
Cada qual tem que responder pela sua responsabilidade. Eu respondo pela minha consciência.
Não vou atrás das ovelhas desgarradas. O pasto é como um paraíso que nutre o coração pelo desejo de conhecimento. O bom filho sempre retorna a casa do seu pai. Eu acompanho os pensamentos de todos que seguiram seus destinos. Sou o guardião das mentes.
“Meu filho! Não se preocupe com quem entra e sai pela sua porta!”. Tia Neiva.
No final dos tempos, de cada tempo, haverá o resgate pelo adjunto Koatay 108. Cada pessoa tem seu tempo pré-determinado para existir. A colheita será preciosa e obrigatória.
Não confundam respeito com fraqueza, vocês não conhecem o poder do espírito. Não sabem nada de suas faltas de experiência. São instrumentos anímicos que tem medo da morte.
Salve Deus!
Adjunto Apurê
An/Un
19.01.2025
