MONGE TIBETANO
Ao entrar na minha individualidade o espírito com veste humilde chegou com missão de evangelizar.
Era uma roupa feita com tecido de juta amarrado com uma corda marrom no quadris.
São Francisco!
_ Não! Eu vim em missão dele! De Jesus! Vim do Tibet!
Eu me senti como um rei diante de tanta simplicidade.
Ao rever esta presença eu vi que muitas coisas estão para acontecer para clarear a mente conturbada pelo destino.
Os caçadores de almas. Sim, são espíritos negociantes dos encarnados. Este monge é um espírito liberto de sua faixa karmica.
Eu queria me vestir com esta roupa, queria sentir a humildade deste homem espiritualizado. Mesmo estando despido do orgulho eu ainda não tenho a humildade de aceitar o caminho da liberdade. Ele aqui no meu leito à direita de minha cama como provocação para esclarecer sobre minha encarnação. Minha missão é muito difícil porque não é aceita na terra. Todo iniciado carrega sua cruz que é multiplicada pelas várias encarnações dando a ele a sua sentença.
A verdade escondida pelos falsos profetas. Muitos querem se igualar na contrução da obra, porém não querem carregar as pedras do destino. É muito fácil se dizer mestre sem ter experimentado a coroa de espinhos. Somente que já desceu a sua sepultura e voltou a vida tem o conhecimento de Deus.
É Isso que não compreendem, somente julgam por não terem feito o mínimo de suas obrigações. Talvez eu tenha falhado em não atacar as carteiras para construir esta morada. Eu já disse: riqueza gera riqueza, pobreza gera pobreza. Cada povo inconsciente entenderá na sua consciência o que transmito.
Espíritos geradores do bem não compactuam com a geração do mal.
Minha escola não é deste mundo. Eu vivo uma experiência direta e não aceita neste compromisso karmico.
Como é complicado um rei ser súdito. Perder sua majestade e jogar fora sua coroa e seguir plantando a semente do amor. Eu bem tento mudar o meu estágio acautelando o meu eu interior, mas são tantas provocações da terra que é quase impossível mudar o roteiro. Sou físico e trabalho para o físico.
Pai Juaquim de Aruanda veio me curar. As grandes jornadas assumidas pelos espíritos são como punhais enfiados nas costas. Dê vez em quando vem um bendito e ajuda a cravar mais fundo esta chaga tão dolorosa só para te ver espernear.
A minha missão é diferente das demais. A minha cruz é a mais pesada de todas. Eu liberto e não escraviso. Eu acho que cada um tem responsabilidade com suas juras transcendentais.
A grande lição espiritual é entender e compreender, mas quem em sã consciência vai perder suas conquistas. Cada tijolo tem um nome registrado nele. Se você ainda não plantou sua semente não terá sombra para descansar. Viverá sob o sol escaldante de sua franqueza espiritual.
Este templo é como uma morada provisória para os espíritos que não tiveram coragem de acreditar em si mesmos.
Eu recebi minha aula. Agradeço a Deus pela preocupação do céu com a terra. A magia pode mudar muita coisa simplesmente sabendo manipular os destinos. Seta Branca não entrega um comando a quem não sabe plantar, cultivar e colher os frutos dos semeadores. Eu joguei a minha semente, reguei com meu suor e carpi com minhas mãos as ervas daninhas.
O que não presta é ceifado e jogado ao fogo para queimar o mal impregnado.
Tenham coragem de mudar suas vidas confiando sempre nesta missão. Se vocês não confiam no sacerdócio é o mesmo que não confiar no pai que deixou nascer um filho sem mãe. A mãe veio e teve muitos filhos. Uns foram parto normal, outros cesariana e outros abortados. Abortados que não confiam em nada e somente sabem reclamar. Os filhos adotivos dão mais valor.
Assim que os pássaros começaram a cantar como hino sob o amanhecer eu reuni os meus três reinos. A porta se fechou. Estou em casa.
Salve Deus!
Adjunto Apurê
An/Un
18.12.2024
