DOM
A mediunidade é um dom a ser explorado com muito cuidado e atenção. Muitos já reencarnam com o dom de mudar destinos, outros desenvolvem para mudar os seus destinos. Existem os emissários que vão carregar a grande chave dos portais interdimensionais como Jesus que carregou sua cruz. Ter dom é sofrer as intempéries do mundo. Vejam no caso de tia Neiva que sofreu a sua transformação para implantar esta ordem espiritualista cristã assim como Jesus sofreu para implantar o sistema cristico. Quem vem com o dom da missão não vem para brincar de mestre, vem para construir objetivos na mente e no coração.
Estas viagens, cada missão é diferente para comprovar que o espírito caminha, que faço com o intuito de mostrar a verdade nas palavras escritas dando vida as imagens e sons do mundo invisível.
Vocês já devem ter escutado o portal se abrir. É como um som, um apito ou silvo, que começa forte e vai sumindo dentro do ouvido. Pode ser somente em um ouvido, direito ou esquerdo, dependendo de cada situação.
Este portal abre para passagem de muitas coisas que desconhecem. Daqui pra lá, de lá para cá.
Quando a mediunidade está na sua intensidade maior nós nos tornamos como para-raios que transfere cargas positiva e negativa.
Eu fui trabalhar. Nossos espíritos quando conscientes tem que cultivar seu conhecimento para não perder a sua base.
Cheguei em um lugar que tinha muito vime. Eram trabalhadores artesanais que criavam estruturas com o vime.
Planta espalhada pela Europa, América do Norte, Ásia e África chegou ao Brasil principalmente no estado de Santa Catarina.
A questão não me impede de seguir os rastros do cultivo, mas sim a origem. Era um povo sofrido pelo árduo trabalho de manipular este material. Cultivo, colheita e produção. Eu cheguei perto de um homem de pele marrom com seus dedos calejados para criar objetos com vime trançado. Desde a colheita mergulhando em água quente até o desfio das varas eu vi o quanto é duro este trabalho. Porém é um meio de sustento daquele povo.
Um enorme campo com muitas cabeças trabalhando. Digo cabeças porque era somente o que surgia dentro daquele lugar.
O vime até pouco tempo atrás era muito cobiçado para móveis artesanais de grande procura. Hoje já temos outros produtos que o estão substituindo.
Nestas viagens eu vou para estudar a história de cada povo, sua cultura, suas tradições e sobrevivência. Aquele que esquece sua origem, tradição, não tem história para contar. Busquem conhecer as suas raízes de suas famílias, do seu grupo de amigos ou de sua missão. Aqui mesmo no amanhecer nós temos nossas raízes de onde tudo começou. Força decrescente ou hierarquia. Desde o princípio superior até o inferior movimenta esta escola de iniciados.
Um vale de trabalhadores lidando com a natureza mágica. Somente de transformar um produto bruto em um objeto tudo muda na nossa visão. Sejamos os artesãos desta vida. Não deixe para amanhã para cultivar o amor e depois que colher dar vida a forma que criou.
Deus é um grande artesão que deu vida a forma que criou.
Eu assisti o trabalho incessante daquele povo. Sobrevivência, talvez, necessidade pode ser, mas não reclamavam do trabalho. Eram livres para ir para outros campos, porém se especializaram no tratamento do vime.
Assim é esta doutrina que nós nos especializamos para cultivar o amor dentro dos corações. A porta nunca se fechou tanto para entrar como para sair.
A clarividente criou o vale para esta tribo de Seta Branca se assentar e reviver suas culturas e tradições milenares. Busquem respostas. Não durmam no ponto. Um jaguar que não trabalha não recebe. É como estes artesãos que primeiro cultivam, depois colhem, depois moldam com suas mãos. Dão vida as suas criações.
Voltei. Eles estavam muito ocupados para se desviarem de seus objetivos. Não ouvi uma palavra sequer, nenhuma reclamação de cansaço ou esgotamento. Eles eram unidos pelo trabalho.
Salve Deus!
Adjunto Apurê
An/Un
11.12.2024
