NEGOCIAÇÃO
Minha mediunidade não está a venda. Minha missão não está na budega a espera de comprador.
Desculpe-me falar assim, mas tem espíritos sagazes por querer comprar minha alma.
Lembram quando Jesus sofreu assédio para se aliar ao demônio mas ele nunca traiu Deus. Não sei se vão lembrar das passagens do divino Mestre.
Esta madrugada muitos espíritos chegaram de diversos lugares me testando. Eu não sou objeto inanimado para servir de cobaia. Eu sou humano e cheio de problemas como muitos irmãos que lutam para se melhorar.
Ao trazer notícias eu abro o padrão mental de cada leitor que começa a imaginar seu mundo mais perfeito. As palavras são como indutores mentais que despertam a sensibilidade espiritual deixando a pessoa mais receptivas. É como trabalhar o eu emocional.
Muitas técnicas que vou deixando nesta via sagrada servem para ampliar o horizonte missionário, como do chicote magnético. Eu usei somente duas vezes. Uma a muitos anos atrás quando um espírito mongol incorporou em minha ninfa e ontem nos trabalhos em outro médium apará. Não é para o mal, mas é para o bem do próprio espírito. Ele está tão acrisolada no seu coração que não sente mais o amor. Este tipo de manipulação se dá quando o espírito não tem mais condições de atuar na mediunidade de ninguém. Eu limpei sua aura. É igual ao ourives que vai lapidando o cristal para brilhar. Com o uso deste poder eu fui quebrando a camada empedrada para libertar o espírito. Com o impacto saiam lascas tipo madeira queimada tão duras que ao cair no chão quebravam em mil pedacinhos. É como jogar uma louça ao chão que se parte em pedaços para não machucar ninguém.
Apesar do espírito xingar pela dor que sentia é como ajudar um andarilho sem se banhar por muitos anos.
Lavem sempre suas mãos. Mãos curadoras, mãos divinas.
Os sofredores sentem o cheiro. Eles vão se acumulando na aura dos mediuns.
Ontem, nos trabalhos, muitos congás se abriram. Eu até nem imaginava do porque. Mas fiquei com esta imagem na mente. Com a passagem somente deste espírito foi preciso limpar o templo da impregnação que deixou no solo sagrado. Seria necessário uma indução cabalística que foi feita para desintegrar os resíduos. Por isso que os congás se abriram. Para limpar a todos nós das impregnações impuras. Nosso mundo não é deste reino. Estamos somente de passagem pelo reino animal, vegetal e mineral.
Estes três reinos fazem parte de nossas encarnações.
Daí água a quem tem sede. Daí de comer a quem tem fome. Daí ensinamento a quem tem fome e sede de conhecimento.
Somos socorristas desta nova era onde o homem não é bom nem mal. Estamos neutralizados espiritualmente para trazer o evangelho vivo e resplandecente para esta humanidade perdida pelos seus costumes e suas tradições. A mudança começou a acontecer e pode levar muitos mil anos para esclarecer um espírito preso aos seus dilemas existenciais. Mil anos no espiritual é como se fosse um ano terrestre.
Eu atendi estes perseguidores da ciência etérica. Não são maus. Eles querem conhecer para praticar. Meu medo é entregar a magia original para quem não tem freios.
Nós somos feitos de matéria frágil e composta de imperfeições para nos tornar mestres. Mestres das armas. Armas espirituais.
O maior desejo dos humanos é o poder sobre os demais. Vejam e observem este povo jaguar. Medalhas não significa evolução e sim satisfação.
Este povo jaguar veio de longas batalhas para servir como soldados. As graduações são para mostrar as suas conquistas.
No peito o brilho frio do metal e no coração a chama aquece as noites sem luar.
Nunca esqueçam de suas raízes. Uma árvore sem raiz tomba e não produz frutos. E se tiver os frutos produzidos vão apodrecendo pelo caminho. Nada se aproveita.
A velha árvore dos antigos magos alimenta muitas preces.
Eu vivi e vivo esta terra como no céu.
Muitas coisas a humanidade não está preparada para saber ou conhecer. O tempo é dono da razão.
Salve Deus!
Adjunto Apurê
An/Un
08.12.2024
