CAVERNA

CAVERNA
Neste episódio vou relatar a vida dentro de uma caverna.
Ao entrar neste lugar o teto foi ficando baixo e lá no fundo um espírito estava em pé. Parecia um fantasma de arrepiar pelo medo.
Eu fui chegando bem devagar e como estava escuro não dava pra ver muita coisa. Parei em frente a mulher, mas ela não me via, parecia estar adormecida. Não mexi e nem forcei a comunicação. O que me deixou intrigado é que ela tinha um pouco de luz fosforescente. Talvez produzido quimicamente pelo tempo de permanência nesta caverna.
Eu observava a mulher que estava presa ali tentando reconhecer seu caminho.
Como é triste viver em um mundo longe do sol. Os espírito não aguentam com os raios solares e se escondem porque arde muito.
Nosso sol simétrico é diferente que emana seu poder curando e não queimando. Quando um espírito passa desta dimensão para outra existe uma barreira que protege deles sofrerem queimaduras. É como um plástico leitoso que separa tudo. O sol não penetra na sua intensidade como na terra.
Por isso muitos espíritos ficam escondidos e saem somente a noite para andar por este mundo.
Eu não acordei a mulher, mas deixei meu rastro impregnado para quando ela acordar. Rastro que eu falo é nosso cheiro que fica no ambiente. Os espírito sentem este odor e ficam deslumbrados tentando descobrir. Aí eles saem destes lugares e vão chegando na raiz da emissão. Por isso nossas preces ao deitar e ao levantar para colocar ordem em nossos corações. Ser missionário é saber que tudo ou nada pode acontecer, mas que tudo depende de nossas atitudes.
Voltei. Ao sair desta caverna eu senti o aroma das matas frondosas impregnado pela aruanda como brisa suave entrando pelos túneis.
O alimento de Deus chegando aos filhos do altíssimo. Deus não esquece de sua criação.
Ao sair eu me senti incomodado por absorver a energia do lugar. Uma mistura de medo com algo estranho.
A terra é meu porto seguro onde repousa minha consciência.
Salve Deus!
Adjunto Apurê
An/Un
18.11.2024

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