MESTRE CURADOR
Em um tempo onde as curas eram milagres de um poder essencial eu rezava nas costas dos enfermos. Nunca rezei por mim, porque não tinha tempo pelo povo que não sabia rezar.
Rezei muito, rezei pelos aflitos, machucados e necessitados.
Como curador, as filas só aumentavam dia e noite nas romarias dos viajantes de vários continentes. A fé em Deus era tudo que precisavam, porém desconheciam a verdadeira essência da natureza.
Um passe, um transporte de energia, um desdobramento do espírito, tudo tinha relação com os espíritos das matas, das águas, das aruandas. Força nativa, força vital.
Hoje eu não rezo a mesma cartilha, hoje eu pratico a doutrina.
Ser curador é ser obsediado pelas mentes doentias que se perderam nas ilusões materiais. Cada qual reze a sua bem aventurada fé.
O mundo não vai parar para esperar. O mundo urge na força de um acelerador atômico. A vida se tornou monótona ao ponto de perderem o incentivo à ciência etérica.
Falta de recomeçar a contagem do nosso altruísmo religioso. Quem para perde o fio da meada.
A grande caverna do coração é um purgatório do espírito. Liberte.
Salve Deus!
Adjunto Apurê
An/Un
20.09.2025